Guia de Turismo – Vale a Pena Contratar? Trago Exemplos Reais!

Guia de Turismo – Vale a Pena Contratar? Trago Exemplos Reais!


Antes de mais nada, se liga nisso: Guia de turismo é o Profissional que acompanha e explica sobre o destino. Guia turístico é o roteiro impresso, com informações sobre o destino. Tem profissional que já está acostumado e que nem liga pra isso, mas alguns deles consideram uma gafe se você fizer confusão com os termos. Na dúvida, melhor usar o termo apropriado 😁

Mas vamos lá, vale a pena contratar um guia de turismo?

Isso depende muito do estilo de viagem que você quer, da complexidade do passeio e se há um aspecto cultural e/ou histórico na sua viagem.

– Estilo da viagem: se a viagem é simples, com passeios bem básicos, e você é do tipo independente, não vejo necessidade na contratação de um guia. As vezes você só quer pegar um carro e dirigir por aí, olhando a paisagem e seguindo sem rumo e sem hora pra parar, não é mesmo? Em alguns lugares é só você estudar um pouco antes de ir, comprar alguns passeios e tá tudo certo. Foi assim que fizemos nossas viagens a alguns lugares como Serra Gaúcha, Campos do Jordão, Serra Catarinense e algumas praias do Nordeste.

Agora, se você é do tipo de viajante que gosta de tudo organizado, com horários definidos, e se sente mais seguro com o apoio de alguém nas coisas que for fazer, aí sim o guia será importantíssimo na sua viagem.

– Complexidade do passeio: alguns passeios/destinos podem ser muito complexos ou perigosos, e podem exigir um guia mesmo que você não queira. Um exemplo é a geleira Perito Moreno, em El Calafate – Patagônia argentina. Você precisa colocar grampos especiais no calçado e seguir um caminho já conhecido pelos guias na geleira, pois existem lugares perigosos (do tipo que se você cair, babau!).

Mas quando o guia não é obrigatório, avalie se vale a pena você se arriscar em fazer tudo sozinho em lugares mais perigosos. As vezes você acaba perdendo muito tempo no passeio por ficar tipo “barata tonta”, sem saber direito pra onde ir e como ir.

Para dar um exemplo, destaco as viagens que fizemos para a Patagônia. Certamente eu não teria chegado até às famosas Torres del Paine se não fosse a motivação, as explicações técnicas, as paradas estratégicas e até mesmo uma mentirinha ou outra contada pelo nosso guia (Gracias, Oscarzito!). Já o passeio que fizemos por conta até a Laguna Esmeralda, em Ushuaia, com carro alugado, foi bem sofrido. Foi lindo, com paisagens incríveis, porém andamos 1h20m a mais do que era preciso, por lugares sem fluxo de pessoas e afundando o pé na água fria por longos trechos.

Aspecto cultural e/ou histórico: na minha opinião, fazer um roteiro histórico-cultural sem um guia que explique tudo isso à você é um grande desperdício de dinheiro. Sim, porque você vai perder a chance de agregar um novo conhecimento na sua vida e vai aproveitar o destino pela metade. Você acha que um guia é caro? Eu te digo o que é caro: gastar muito em uma viagem e deixar de aprender sobre a história e a cultura do lugar. Passar por um ponto turístico cultural, histórico ou artístico (ou tudo isso junto) e simplesmente tirar uma selfie pra mostrar nas redes sociais. Isso é que é caro, meu amigo!

De que teria adiantado visitar as castoreiras em Ushuaia sem a explicação impecável do querido Marcelo sobre como os castores foram parar lá e como é que eles modificam tanto o ambiente? Ou sem parar nos lugares mais lindos e isolados do vento para almoçar tranquilamente, apreciando um vinho? Teríamos perdido explicações histórico/culturais dos lagos, as fascinantes lendas dos duendes e fadas, e não teríamos parado pra comer tanta coisa especial em lugares típicos. O mesmo para a guia Anita, que nos contou tudinho sobre os curiosos hábitos dos pinguins e sobre outros animais marinhos importantes da região.

Em Santiago vivemos a cultura chilena da maneira mais autêntica possível, graças à querida Dani. Ela nos levou a lugares fora do comum, sem turismo massivo, para ouvir músicos chilenos e comer comidas típicas do país. Fizemos compras nos mercados (com carrinho e tudo) e aprendemos que os empacotadores são universitários e que eles recebem apenas a gorjeta dada pelos clientes – e que eles já esperam não ganhar nada dos brasileiros, já que nós não sabemos que lá isso funciona assim. Experiências que dificilmente você terá sem alguém que conheça bem o lugar.

Outras observações importantes

Para viagens em grupo, especialmente de idosos, acredito que a contratação de um guia seja indispensável. Sabe aquela coisa de que cada um quer a viagem de um jeito? O guia assumirá a responsabilidade na hora de conduzir o grupo, manterá a ordem da viagem, passará as orientações necessárias e irá propor atividades que estejam de acordo com o perfil do grupo.

Busque referências para a contratação do guia. Ele deve ter conhecimento técnico, histórico e cultural dos destinos turísticos; saber indicar atividades de acordo com o perfil do grupo; deve ter um certo domínio sobre o grupo, principalmente para fazer com que o grupo cumpra os horários e, principalmente, deve ser carismático e afetuoso.

O maior cuidado deve ser na compra de passeios. Muitas vezes os guias indicam paradas em restaurantes, casas noturnas, parques, entre outros, que não são tão bons, mas que são indicados por eles porque lá eles ganham as maiores comissões dos estabelecimentos.

Se liga em tudo isso e aproveite o melhor da sua viagem! 🙂


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